segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Reflexões Sobre o Equilíbrio


“Existe, na base de tudo, um poder que está continuamente trabalhando. É a Vontade do Divino que mantém o equilíbrio no universo.”  (Sathya Sai Baba)

"No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta"
(Cecília Meireles)


"Equilíbrio é a habilidade de olhar para a vida a partir de uma perspectiva clara - fazer a coisa certa no momento certo. Uma pessoa equilibrada será capaz de apreciar a beleza e o significado de cada situação seja ela adversa ou favorável. Equilíbrio é a habilidade de aprender com a situação e de prosseguir com sentimentos positivos. É estar sempre alerta, ser totalmente focado, e ter uma visão ampla. Equilíbrio vem do entendimento, humildade e tolerância. O mais elevado estado de equilíbrio é voar livre de tudo e, ainda assim, manter-se firmemente enraizado na realidade do mundo." (Brahma Kumaris)

"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se." (Soren Kierkegaard)

"Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio." (Albert Einstein)

"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade." (Renato Russo)

"A vida guarda a sabedoria do equilíbrio e nada acontece sem uma razão justa." (Zíbia Gasparetto)

"A felicidade perderia seu significado se ela não fosse equilibrada pela tristeza." (Carl Jung)

"Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus." (Clarice Lispector)

"Pergunta a Eckhart Tolle: Como encontrar o equilíbrio entre a nossa vontade individual e o fluxo natural da vida?
Eckhart Tolle: Vivendo alinhado com o momento presente, você também alinha a sua vontade com a vontade universal, o que você poderia chamar de 'a vontade de Deus'. Você não tem uma vontade separada. A vontade separada quer melhorar ou reforçar o sentido de si mesmo. A vontade separada está preocupada com o 'eu', o ego. Mas existe uma consciência divina, uma consciência una, um impulso evolutivo. O que estamos fazendo aqui à todo momento é para alinhar-nos com isso."


"Tudo no Universo se move da ordem para a desordem, da desordem à ordem;
do ódio para o amor, do amor ao ódio; da inteligência para a não inteligência, desta para a inteligência; de emoções negativas para positivas e de emoções positivas para negativas. Esta é a natureza da mente. Se você precisa escapar, é da mente que você precisa escapar. Vá além da mente. É assim que você se ilumina... Se você se mantiver nos confins da mente, o problema estará lá. Despertar é sair da prisão (mente). Se você sair da mente, então estará vivendo realmente." (Sri Bhagavan)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Perigo Real


"O perigo real
é por qualquer motivo
deixar de amar."
(Kwothinye)

Quando compreenderemos, como humanidade, que não há nenhum outro perigo real a não ser este? Quando tiraremos de vez a venda dos nossos olhos e a couraça dos nossos corações? Quando perceberemos o tamanho descomunal do abismo onde estamos nos precipitando por deixarmos de amar? 

Recebi a história a seguir, cujo resumo é o seguinte:

"O que era para ser unicamente uma atitude pessoal ganhou o mundo graças a uma turista do Arizona que registrou com a câmera de seu celular e postou no Facebook a imagem de um policial agindo com humanidade.

Estranho mundo esse nosso... O que deveria ser corriqueiro causou espanto e admiração... Foram mais de 400.000 compartilhamentos.

Tudo começou quando Larry De Primo, um policial de Nova York, de 25 anos, fazia sua ronda normal pela Sétima Avenida, na altura da Rua 44...

De Primo, observou, sentado numa calçada, um morador de rua que tremia de frio... Sem ter com que se cobrir e descalço, o homem tentava se aquecer mantendo-se encolhido em silêncio. Diante da cena, o jovem policial se aproximou, olhou, deu meia volta, entrou uma loja, e com o dinheiro que carregava em seu bolso, comprou um par de meias térmicas e uma bota de inverno – gastou 75 dólares.

De volta à presença do morador de rua, De Primo entregou ao mendigo as meias e as botas. O homem deu um sorriso de orelha a orelha e disse: 'Eu nunca tive um par de sapatos em toda a minha vida'.

O gesto, no entanto, não se concluiu na entrega do presente... Percebendo que o morador de rua tinha dificuldade em se mover, o policial se agachou, colocou-lhe as meias e as botas, amarrou os cadarços e perguntou: 'Ficou bom?' 
A resposta foram dois olhos felizes, lagrimejados e um novo sorriso.

A cena foi acompanhada e fotografada por uma pessoa que, ao chegar em casa, postou a foto em sua página na internet e escreveu um texto ao Departamento de Polícia de Nova Iorque, relatando o ocorrido. Terminou o texto assim:  'Pena, me faltou coragem para me aproximar, estender-lhe a mão e dizer obrigado por me fazer crer que a policia que sonho é possível. Bem, digam a ele isso por mim. Jennifer Foster'.

Em poucas horas, o texto e a foto de Jennifer pipocaram por todo o território americano e por boa parte do mundo. Larry De Primo foi chamado por seus superiores, ouviu um elogio, recebeu abraços de seus companheiros e quando seu chefe lhe disse que o departamento iria ressarci-lo pelo dinheiro gasto do seu próprio bolso, Larry recusou e disse: 'Não senhor, obrigado. Com meu dinheiro, faço coisas nas quais acredito'.

Esta é uma história de amor e solidariedade humana. Uma história que não deveria causar tanto alvoroço ou admiração, se vivêssemos mais próximos uns dos outros. Perfeitamente normal que um ser humano ajude outro ser humano. Mas nos admiramos e nos maravilhamos, porque atitudes como esta são - ainda - raridades entre nós. Temos medo de sair da nossa egóica casca dura, que nos trouxe até esta fantástica e tecnológica civilização, a nos afogar com seu conforto e suas maravilhas. Temos medo de olhar para trás - e para dentro - e constatar quão robótico se tornou nosso coração.

Diz o conto que, nos tempos idos, o aspirante perguntou ao velho mestre, ao vê-lo carregando água, balde por balde, da cacimba até o mosteiro: "Por que você não usa uma roda d'água?" E o mestre respondeu: "Quanto mais utilizarmos as máquinas, menos humanos seremos."

O conto é antigo e o cuidado do monge exagerado. Mas não é preciso uma análise muito acurada para perceber aonde nossa tecnologia está nos levando. Queremos conforto, não importa a que custo. Nosso planeta se deteriora, os recursos se vão, as matas diminuem a cada ano, a poluição atinge terra, mar e ar, mas continuamos. Não temos amor pela natureza, pelo próximo, por nós mesmos. Tratamos os animais como seres "inferiores", ao invés de olharmos para eles como irmãos e tentarmos aprender com eles tantas lições! 

É preciso acordar desse processo autodestrutivo e ter coragem de fazer a si mesmo a infalível pergunta: por qual motivo deixei de amar? E sejam quais forem os motivos, serão todos pequenos diante da grandiosidade do Amor. Ao assimilarmos isto profundamente, estaremos reconectados à nossa Fonte. E, juntos, fraternalmente, de mãos dadas, livres de preconceitos de raças, crenças, territórios e religiões, começaremos a erguer a Nova Terra. 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sete Tipos de Paz - Filosofia Aymara


Aymara ou Aymará é o nome de uma civilização que, desde a era pré-colombiana, estabeleceu-se no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile. Segundo a sabedoria ancestral desse povo que habita as regiões andinas, existem sete tipos de paz.

Os Sete Tipos de Paz

O primeiro tipo de paz é para dentro de cada um de nós.
Com a saúde de nosso corpo, a clareza de nossa mente,
a satisfação com nosso trabalho,
a alegria com a pessoa que escolhemos para amar.
Sem paz consigo mesmo, não há Paz.

O segundo tipo é para cima,
paz com os espíritos de nossos antepassados,
com o Deus de cada um.
Sem paz com o mundo espiritual,
ninguém fica totalmente em Paz.

A terceira paz é para frente,
com o seu passado.
Diferentemente dos homens brancos ocidentais
que põem o passado para trás,
os Aymara o colocam para diante,
por ser o visto, o vivido, o conhecido.
Quem tem remorsos, culpas, dívidas não pagas,
arrependimentos, não pode alcançar a Paz.

A quarta paz é para trás,
com o futuro de cada um.
Pois quem teme o que virá,
apavorando-se com o que terá de enfrentar,
com a possibilidade de más notícias, não está em Paz.

O quinto tipo de paz é para o lado esquerdo, com os nossos familiares.
Desavenças domésticas, disputas, queixas, ranger de dentes
com a família e com amigos próximos impedem de se alcançar a Paz.

A sexta é para o lado direito, com nossos vizinhos.
Estar pacificado na própria casa e em desavença com a casa ao lado traz impedimentos para a verdadeira Paz.

A sétima e última paz é para baixo,
com a terra em que você pisa e de onde tira o seu sustento.
Se você provoca a tempestade ou a seca,
se não procura harmonizar o solo onde vive você não terá a santa Paz.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sete Passos Para Superar o Controle do Ego Sobre Você


Este texto é antigo e já circulou bastante pela net. No entanto, precisa circular mais, para que nos conscientizemos do quanto nossas atitudes corriqueiras nos acorrentam ao ego, impedindo-nos de apreciar uma vida mais plena.

Trata-se de sete sugestões que nos auxiliam a transcender idéias arraigadas sobre a própria importância. 

1 – Deixe de ficar ofendido

O comportamento dos outros não é motivo para ficar ofendido. Aquilo que o ofende somente o enfraquece. Se estiver procurando ocasiões para ficar ofendido, você as encontrará a cada oportunidade. Este é o seu ego operando, convencendo-o de que o mundo não deveria ser assim. “Um Curso em Milagres” nos lembra: “A Paz é de Deus, você que é parte de Deus, não está no lar, exceto em sua paz”. Ficar ofendido cria a mesma energia destrutiva que o ofendeu em primeiro lugar e leva ao ataque, ao contra-ataque e à guerra.

2 – Libere a sua necessidade de vencer

O ego adora nos dividir em vencedores e perdedores. A busca da vitória é um meio infalível de evitar o contato consciente com a intenção. Por quê? Porque em última instância, a vitória é impossível o tempo todo. Alguém lá fora será mais rápido, mais afortunado, mais jovem, mais forte e mais inteligente, e novamente você se sentirá inútil e insignificante. Você não é o seu prêmio ou a sua vitória. Você pode curtir a competição, e se divertir em um mundo onde a vitória é tudo, mas você não tem que estar lá em seus pensamentos. Não há perdedores em um mundo onde todos compartilham a mesma fonte de energia. Deixe ir a necessidade de vencer, sem concordar que o oposto de vencer é perder. Este é o medo do ego. Seja o observador, notando e apreciando tudo isto sem precisar ganhar um troféu. Esteja em paz, e corresponda com a energia da intenção. E, ironicamente, embora você quase não o perceba, mais vitórias se apresentarão em sua vida quando menos as perseguir.

3 – Deixe ir a sua necessidade de estar certo

O ego é a fonte de muitos conflitos e desavenças, porque ele o empurra na direção de tornar outras pessoas erradas. Quando você é hostil, está desconectado do poder da intenção. O Espírito Criativo é bondoso, amoroso, receptivo, livre da raiva, do ressentimento ou da amargura. Liberar a sua necessidade de estar certo em suas discussões e relacionamentos é como dizer ao ego: eu não sou um escravo para você. Quando você deixa ir a necessidade de estar certo, é capaz de fortalecer a sua conexão com o poder da intenção. Mas tenha em mente que o ego é um combatente determinado. Eu tenho visto pessoas terminarem relacionamentos maravilhosos, apegando-se à sua necessidade de estar sempre certas. Questione-se: “Eu quero estar certo ou ser feliz?” Quando você escolhe o humor feliz, amoroso e espiritualizado, a sua conexão com a intenção é fortalecida. A Fonte universal começará a colaborar com você, criando a vida que você pretendia viver.

4 – Deixe ir a sua necessidade de ser superior

A verdadeira nobreza não se refere a ser melhor do que outra pessoa. Trata-se de ser melhor do que você costumava ser. Permaneça focado em seu crescimento, com uma consciência permanente de que ninguém neste planeta é melhor do que outro. Todos nós emanamos da mesma força de vida criativa .Todos nós temos uma missão de compreender a nossa essência pretendida. Tudo o que precisamos para cumprir o nosso destino nos está disponível. Nada disto é possível quando você se vê como superior aos outros. Deixe ir a sua necessidade de se sentir superior, vendo a revelação de Deus em todos. Não avalie os outros com base em sua aparência, em suas conquistas, posses e em outros índices do ego. Quando você projeta sentimentos de superioridade, isto é o que você recebe de volta, levando a ressentimentos e, principalmente, a sentimentos hostis. Esses sentimentos se tornam o veículo que o distancia mais da intenção. Um Curso em Milagres trata desta necessidade de ser especial e superior. A pessoa que se julga especial sempre faz comparações.

5 – Deixe ir a necessidade de ter mais

O mantra do ego é mais. Ele nunca está satisfeito. Não importa quanto você consiga ou adquira, seu ego vai insistir que não há o suficiente. Você se encontrará em um estado perpétuo de esforço para obter, eliminando a possibilidade de nunca chegar. Ironicamente, quando você deixa de precisar mais, mais do que você deseja parece chegar à sua vida. Desligando-se da compulsão por ter cada vez mais, você começa a compreender quão pouco você precisa a fim de ficar satisfeito e em paz. A Fonte universal está contente com ela mesma, expandindo-se constantemente e criando nova vida, sem tentar se apegar as suas criações para seus próprios propósitos egoístas. Ela cria e libera. Quando você libera a necessidade do ego de ter mais, você se unifica a essa Fonte. Você cria, atrai para si e libera, nunca exigindo que mais venha ao seu caminho. Como um apreciador de tudo o que se apresenta, você aprende a poderosa lição de S. Francisco de Assis: “É dando que recebemos.” Ao permitir que a abundância flua para e através de você, você se equipara à sua Fonte e garante que esta energia continue a fluir.

6 – Deixe de se identificar com base em suas realizações

Este pode ser um conceito difícil se você pensar que você é as suas realizações. Deus canta todas as músicas, Deus constrói todos os prédios, Deus é a fonte de todas as suas realizações. Eu posso ouvir o seu ego protestando em voz alta. Entretanto, permaneça atento a esta idéia: Tudo emana da Fonte! Você e esta Fonte são um! Você não é este corpo e as suas realizações. Você é o observador. Observe tudo isto; e seja grato pelas habilidades que acumulou. Mas dê todo o crédito ao poder da intenção, que lhe trouxe à existência e da qual é uma parte materializada. Quanto menos precisar assumir o crédito pelos seus empreendimentos e mais conectado permanecer às sete faces da intenção, mais estará livre para realizar, e mais se apresentará para você. Quando você se liga a essas conquistas e acredita que é você que está fazendo todas essas coisas, você abandona a paz e a gratidão à sua Fonte.

7 – Deixe ir a sua reputação

Sua reputação não está localizada em você. Ela reside nas mentes dos outros. Portanto, você não tem nenhum controle sobre tudo isto. Se falar para 30 pessoas, você terá 30 reputações. Conectar-se à intenção significa ouvir o seu coração e se conduzir baseado naquilo que a sua voz interior lhe diz que é o seu propósito aqui. Se estiver muito preocupado em como será percebido por todos, então você se desliga da intenção e permite que as opiniões dos outros o oriente. Este é o seu ego operando. É uma ilusão que se interpõe entre você e o poder da intenção. Não há nada que não possa fazer, a menos que se desconecte da fonte de poder e se torne convencido de que o seu propósito é provar aos outros como você é poderoso e superior, e gaste a sua energia tentando ganhar uma gigantesca reputação entre outros egos. Permanecer no propósito, desligar-se do resultado e assumir a responsabilidade pelo que faz, reside em você: seu caráter. Deixe que a sua reputação seja debatida por outros. Ela nada tem a ver com você. Ou como o título de um livro diz: “O que você pensa de mim, não é da minha conta.”

(Texto de Wayne W. Dyer, com algumas adaptações)