sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Agrotóxicos - Nossas Crianças Estão Adoecendo

O Brasil está numa contramão perigosíssima no que diz respeito aos agrotóxicos: é um dos países campeões em utilização desses pesticidas. Venenos proibidos em vários países aqui são ministrados em grande escala. 

Acordemos, antes que o mal se torne irreversível! Protestemos! 

Desordens neurológicas em crianças são associadas com produtos químicos

Produtos químicos tóxicos podem estar na base dos recentes aumentos nos problemas de desenvolvimento neurológico entre as crianças, tais como autismo, déficit de atenção e hiperatividade e dislexia.
Os pesquisadores dizem ser urgente a adoção de uma nova estratégia global de prevenção para controlar o uso dessas substâncias.
"A maior preocupação é o grande número de crianças que são afetadas por danos tóxicos ao desenvolvimento do cérebro sem um diagnóstico formal. Elas sofrem redução na capacidade de atenção, atraso no desenvolvimento e mau desempenho escolar. Produtos químicos industriais estão agora emergindo como as causas mais prováveis," disse Philippe Grandjean da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA).
O estudo confirma conclusões semelhantes obtidas pelos mesmos autores em 2006, quando haviam sido identificados cinco produtos químicos industriais como "neurotóxicos ao desenvolvimento" ou produtos químicos que podem causar déficits cerebrais.
O novo estudo fornece resultados atualizados sobre os produtos químicos tóxicos já identificados e acrescenta informações sobre seis outros recém-reconhecidos pela sua neurotoxicidade, incluindo manganês, flúor, clorpirifós e DDT (pesticidas), tetracloroetileno (solvente) e os éteres difenil polibromados (retardadores de chama).
O manganês foi associado com a diminuição das funções intelectuais e prejuízo às habilidades motoras.
Os solventes são ligados à hiperatividade e ao comportamento agressivo.
Certos tipos de pesticidas podem causar atrasos cognitivos.
Venenos legalizados
Outros estudos já haviam indicado que os agrotóxicos podem ser causa de alergias alimentares, levando um cientista norte-americano a afirmar que estamos todos legalmente envenenados.
Os pesquisadores alertam que muitos outros produtos químicos, além dos cerca de uma dúzia já identificados como neurotóxicos, podem estar contribuindo para uma "pandemia silenciosa" de déficits neurocomportamentais que "está corroendo a inteligência, atrapalhando o comportamento e prejudicando a sociedade".
"Muito poucos produtos químicos foram regulamentados como resultado da neurotoxicidade para o desenvolvimento," escrevem os pesquisadores.
"O problema é de âmbito internacional, e a solução deve, portanto, ser também internacional," disse o Dr. Grandjean. "Temos os métodos disponíveis para testar produtos químicos industriais para efeitos nocivos sobre o desenvolvimento do cérebro das crianças - agora é a hora de tornar esses testes obrigatórios."

FONTE:

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quando a Medicina Mata

O Diário da Saúde publicou a seguinte matéria, do interesse de todos:

A medicina salva muitos; mas também mata milhares

Você saberia dizer qual é a terceira principal causa de morte nos países mais desenvolvidos?
Dado que o câncer e as doenças do coração são muito citados, você poderia arriscar um palpite nos crimes, nos acidentes de carro, no diabetes ou nos acidentes vasculares cerebrais.
Você estaria errado.
A resposta é: mortes iatrogênicas - aquelas causadas por erros médicos, reações adversas a medicamentos ou infecções hospitalares.
O termo iatrogenia deriva do grego iatros (médico) e genia (origem, causa).
Só nos Estados Unidos, um levantamento realizado em 2000 apontou a ocorrência de 225.000 mortes por causas iatrogênicas por ano.

Quando a Medicina causa mortes

Com toda a capacidade da medicina moderna para aliviar o sofrimento e prevenir mortes prematuras, ela também causa as duas coisas em abundância.
Muitas intervenções médicas acabam tendo consequências negativas e não intencionais, que frequentemente surgem como resultado de pesquisas em busca de melhores tratamentos.
Embora muitas dessas ocorrências sejam facilmente identificáveis - os erros médicos, por exemplo - só agora estamos começando a descobrir seus efeitos mais nefastos.
Veja o câncer. Todos sabem o quanto os efeitos colaterais de uma quimioterapia podem ser perigosos: o tratamento pode enfraquecer o sistema imunológico do paciente a um ponto em que ele morre de uma infecção que, se estivesse sadio, não teria contraído ou nem notado.
Mas os problemas podem ser mais sérios. Descobertas recentes mostram que a capacidade das células tumorais de se espalhar para outras partes do corpo - a metástase - pode ser reforçada pela própria quimioterapia. Em outras palavras, em alguns casos, a quimioterapia pode tornar o câncer mais agressivo.
Ou considere um analgésico comum, que milhões de pessoas tomam para tornar uma gripe mais suportável.
Quando considerados em um nível populacional, esses analgésicos podem estar transformando as pessoas infectadas em propagadores de vírus mais eficientes.
Mais especulativamente, estão surgindo evidências de que as bactérias do intestino podem exercer influência significativa sobre a nossa saúde mental.
Se os efeitos observados nos estudos em animais forem observados também em humanos, poderemos ter de repensar práticas que vão desde o uso de antibióticos e da realização de exames preventivos até os transplantes.
O que se espera é que a comunidade científica e médica enfrente mais abertamente o problema das mortes iatrogênicas - os dados mais "recentes" sobre a questão são de 2000.
E, ao discutir a questão, permita que as decisões sobre medicamentos e tratamentos sejam melhor fundamentadas, e frutos de uma discussão aberta entre médicos e pacientes.

Fonte: